domingo, 6 de dezembro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Projecto: … que nem uma árvore!
“Quero compor um poema
onde fremente
cante a vida
das florestas das águas e dos ventos”…
(Manuel da Fonseca)
Uma semente que germina ou um talo que rebenta, como uma criança, que precisa de mil cuidados para seguir o seu percurso, para cumprir a sua função na vida.
As árvores ainda jovens, que ganham porte e, quais adolescentes, vigorosas e inseguras, rasgam o horizonte, despontam no seu esplendor de cor e alegria. As que crescem e vivem desordenadas, como algumas vidas, e as que, como soldados, se alinham em extensas avenidas, de cidades imaginárias.
A casca – a pele – que nos revela a idade, os rigores do Inverno, a marca das feridas abertas pelo tempo e pelas horas menos felizes de uma vida cheia de armadilhas.
O grito lancinante do quebrar de um tronco a quem, abruptamente, foi ceifada a vida. O choro intenso de quem é fustigado pela tempestade e se curva para não cair ou o ciciar de carícias nos ramos afagados pela brisa suave e quente do Verão - o sofrimento e a festa.
As que em “magotes” nos aconchegam na sua sombra, como companheiras, e as que vivem na solidão imensa de uma planície e nos acenam ao longe como que dizendo – boa viagem!
As que desafiam a temporalidade e teimam em não morrer, continuando de pé, quais estátuas a imortalizar heróis.
E mesmo depois de mortas ainda nos aquecem, são um chão ou um tecto, um esteio, um barco, um ponto de passagem. São a prova de que nada acaba, tudo se transforma.
Nasce-se, vive-se e morre-se… que nem uma árvore!
Arnaldo Carvalho
“Quero compor um poema
onde fremente
cante a vida
das florestas das águas e dos ventos”…
(Manuel da Fonseca)
Uma semente que germina ou um talo que rebenta, como uma criança, que precisa de mil cuidados para seguir o seu percurso, para cumprir a sua função na vida.
As árvores ainda jovens, que ganham porte e, quais adolescentes, vigorosas e inseguras, rasgam o horizonte, despontam no seu esplendor de cor e alegria. As que crescem e vivem desordenadas, como algumas vidas, e as que, como soldados, se alinham em extensas avenidas, de cidades imaginárias.
A casca – a pele – que nos revela a idade, os rigores do Inverno, a marca das feridas abertas pelo tempo e pelas horas menos felizes de uma vida cheia de armadilhas.
O grito lancinante do quebrar de um tronco a quem, abruptamente, foi ceifada a vida. O choro intenso de quem é fustigado pela tempestade e se curva para não cair ou o ciciar de carícias nos ramos afagados pela brisa suave e quente do Verão - o sofrimento e a festa.
As que em “magotes” nos aconchegam na sua sombra, como companheiras, e as que vivem na solidão imensa de uma planície e nos acenam ao longe como que dizendo – boa viagem!
As que desafiam a temporalidade e teimam em não morrer, continuando de pé, quais estátuas a imortalizar heróis.
E mesmo depois de mortas ainda nos aquecem, são um chão ou um tecto, um esteio, um barco, um ponto de passagem. São a prova de que nada acaba, tudo se transforma.
Nasce-se, vive-se e morre-se… que nem uma árvore!
Arnaldo Carvalho
domingo, 25 de janeiro de 2009
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